Eu sou o muito e o pouco, eu sou quem sou sem tirar nem pôr...
Sou aquela que nunca temeu em seguir o seu caminho ainda que muitas vezes seu caminho foi escuro... ainda que muitas vezes eu perdi a fé na humanidade e tive que ajoelhar-me frente à calamidade.
Sou o inferno da sinceridade, não temo as fianças, mas odeio as manias, expectativas, preconceitos e as aparências, falsidade nunca foi minha para adorar.
Sou o céu da simplicidade, defendo o menor, ampâro o pobre e o descalço sem me preocupar com minha posição ou com o olhar de reprobação do mundo, sou a verdade de quem não se importa com a sociedade e modalidades.
Meu coração é nômade, gosto de sentir a brisa acariciando a minha face... me deito na relva no meu melhor vestido, ando descalça na rua, na lama sem preocupação mas por puro prazer, corro no vento do sem preconceito, eu amo a simplicidade.
Sou aquela que não teme em amar e em se desvendar... sou a sina, cigana, menina, mulher e dama muito longe da fantasia e da ilusão... sou um barco ocilando sobre o mar procurando o seu porto para ancorar e finalmente descansar...
O som trémulo de tambores Encantando… despertando, Suor, sensações e tremores Me incendiando e viciando
Vento despertando o ardor Neste corpo pleno e liberto, Na febre que arde e devora, Ritmo deslizante e frenético
Mar que me leva ao abandono Em cada onda que me toca, No escuro feitiço do meu olhar Nos segredos ainda por gozar
Mãos trémulas e inquietas, Nesta fome que não dorme, Carícias de gozo e ousadia Se procurando e devorando
Sensação que jamais sacia e Que rasga os nossos pulsos, Vertendo o sangue da poesia Em desejos dispersos e unidos
Feitiços, paixões e encantos, No olhar do amor que se perde No roçar de teu corpo no meu, E na febre que em mim ferve...
Salomé
Todos os Direitos Reservados ao Autor
Teu Falo
Entre a sedução e a oração, Um doce entalho no embalo, Permitindo-se à insinuação Em gruta tão santa e astuta, Clamando o perfume da fruta
Entre a confissão e o pecado, Palavras ousadas sobre o falo Astuto em suas doces perícias, Em mais duma prece e síntese,
Delirante em insinuante carícias Espaço e recanto escondidos, Falo que aquece, que apetece Entre pecado e gozo sentidos, No aconchego de tanto gosto
Liberto em cada gota de mel Falo santo… falo endiabrado, Languidez doce e inesquecível Do que eu calo e não mais falo
Entre os embalos da madrugadas E nas tardes de loucuras safadas Falo que tanto se quer falado, Entre a santidade e a safadeza No preludio de cada actividade,
Entre enlaces da língua ousada E a urgência da segura entrada… Um falo para ser falado precisa de Ser endiabrado e bem aconchegado
Teu Falo - Parte III (Salomé) continuação ao "Teu Falo I e II de Rozeli Mesquita" e resposta ao desafio da mesma Rozeli Mesquita Sensualle (Uma divina Poetiza)
Vim conhecer seu blog, adorei seu trabalho, parabéns Salome.
ResponderExcluir